liberté

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domingo, 11 de dezembro de 2016

Simplesmente assim.

Me apaixono e desapaixono,
milhares de vezes, todos os dias.
Pela vida, pelas pessoas, pelas coisas.
Pelo estranho que passa andando ao lado. 
Pelo seu perfume, seu sorriso, seus olhos.
Pela estranha sentada no banco da praça lendo um livro. 
Seu livro favorito, sorrindo, amando, sofrendo, sendo aquele momento.
Pelo perfume das flores, o perfume da pele.
Pelos beijos, pelo toque. 
Apaixono pelas coisas boas, que fazem sorrir, 
desapaixono em seguida.
Sou essa intensidade, essa controvérsia!
Vivo, sinto, machuco, decepciono, 
Vivo, sou machucada, decepcionada.
Mas vivo, intensamente, livremente. 
Vivo assim, errando, acertando. 
Mas não deixo, nunca, de tentar. 
De mergulhar, de ser. 
De estar.
Vivo, assim.
Simplesmente.
Assim. 

Angela Pradella
12 de dezembro de 2016

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Aquelas saudades.

Faz tempo que não sonho com aquele lindo pássaro,
que tanto visitava meus sonhos.
Eu devo ter deixado a janela fechada.
Nem sei ao certo porque.
E agora da um medo.
Medo de não ver aquele lindo pássaro novamente.
Suas plumas tocando de leve a minha pele.
De senti-lo brincando com os meus cabelos.
De ouvir seu doce canto.
De não poder contemplar mais suas cores.
cores peculiares que encantam os olhos,
inebriam minha alma.
Tão únicas e peculiares.
Voando livres por ai, colorindo meus sonhos.
Dele ter ido embora para nunca mais voltar.
Me resta sentar na varanda dos sonhos e esperar.
Em meio aos suspiros de saudade, somente aguardar.
Quem sabe um dia em toda a sua linda liberdade,
ele resolva me visitar.

Angela Pradella
10 de dezembro de 2016


sábado, 3 de dezembro de 2016

Cansativo

Eu estou cansada de pessoas me dizendo o que fazer. Como me sentir, ou por onde ir.
Estou cansada de pessoas que tem medo de viver. Que ficam no raso, que não mergulham, que não se arriscam.
Eu estou cansada de tanta manipulação. De tantas mentiras, de tanta falta de preocupação.
Estou cansada daqueles que nasceram pra complicar, dramatizar.
Uma hora a gente cresce, e certas coisas mudam. As prioridades mudam, as importâncias mudam.
E tem coisa que continuam as mesmas, estacionam, pessoas que não crescem.
Sábio foi aquele que disse que "tantos tem medo de mudança, eu tenho medo é de que as coisas nunca mudem."
Eu estou mudando, eu quero mudar, estou me tornando dona de mim. Protagonista da minha história.
Nesse caminho estou aprendendo que é impossível agradar a todos, e nem quero.
A partir daqui vou fazer o que é melhor pra mim.
Vou viver do jeito que eu quero.

Angela Pradella
04 de dezembro de 2016

sábado, 26 de novembro de 2016

O tal do broto

Você planta uma semente,
e começa a dar um broto,
você não sabe o que virá,
se virá flores, frutos,
ou simplesmente uma erva daninha.
Mas você corta ela antes mesmo de saber.
Qual é então o sentido de plantar?
O broto nem teve a oportunidade de ser.
De tantas possibilidades que poderia ser.
Muitos são brotos,
muitos são os que cortam.
Mas tudo se trata de aprendizagens não é...

Angela Pradella
26 de novembro de 2016

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Um anjo, quem sabe?

Vinda de um lugar chamado Descanso,
não para um segundo sequer.
Determinada, segue seu caminho.
Menina moça, Mulher menina.
Batalhadora, guerreira.
Intensa como só ela sabe ser,
de um olhar profundo, que transgride qualquer barreira,
enxerga a alma, que sorri por si só,
ilumina o seu redor, é transparente, genuíno.
Sorriso doce, feito de açúcar,
sincero, faceiro, deslumbrante,
daqueles que te fazem sorrir de volta.
Complementam o olhar.
Doce menina, forte mulher.
Traz nos bolsos lembranças,
no coração a bondade,
nos braços a força,
a delicadeza nos traços,
nos passos, o que a move.
Criatura autêntica, fascinante.
Um anjo, quem sabe?

Angela Pradella
23 de setembro de 2016




domingo, 23 de outubro de 2016

Lágrimas...

Quando a alma está saturada, 
ela transborda pelos olhos, escorre pela face. 
Purifica, limpa o coração. 
Renova, regenera o ser. 
Acalma, alivia, transforma.
Leva embora os medos, as mágoas. 
Leva tudo de ruim. 
Salga o rosto, adoça o coração. 
Depois da chuva o arco-íris. 
Depois da lágrima o sorriso. 

Angela Pradella
24 de outubro de 2016

domingo, 11 de setembro de 2016

Desconhecida.

Talvez um dia, seus olhos se cruzem, e curiosos, permaneçam ali.
Por dois minutos, dois minutos de eternidade, que desaparecem com o mundo, talvez, eles brilhem, encantados, desorientados. 
Talvez seus dedos se encontrem, e passeiem por suas linhas aveludadas, por cada curva, cada milimetro, como uma escultura sendo moldada. 
E então, talvez seus corpos enlouqueçam, se percam, se achem entre si. 
Seus lábios discretos, procurando refúgio, se abriguem nos seus beijos, contra a pele, suave, quente, doce, urgente. 
Talvez explorem lugares desconhecidos, incríveis, embebidos de amor,  experimentando sensações inexplicáveis.
Talvez um dia, doce desconhecida, suas mentes, insanas, se entrelacem, se percam, se achem.
Talvez um dia encontrem o êxtase do amor.  
E descubram o que é isso, de que tanto falam por ai,
Talvez um dia.  

Angela Pradella
12 de setembro de 2016


terça-feira, 2 de agosto de 2016

Agosto será sempre agosto.

Agosto será sempre lembrança.
Agosto e seu gosto, o gosto do beijo.
O doce amargo desejo.
Eterna reminiscência.
Memória cristalizada.
Aquele olhar de um minuto,
equivalente a uma vida inteira.
Será sempre peculiar cor,
verde caramelizado,
sublime degradé.
Será sempre lágrima,
mas também será sorriso.
Sempre será a busca de perdão,
sem um pingo de arrependimento.
Eterna antítese.
Contradição.

Angela Pradella
03 de agosto de 2016

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Ser ou não ser

Decisões precisam ser tomadas.
Independente se queremos,
por mais que estendamos os prazos,
elas precisam ser tomadas.
As vezes tão amargas,
enroscam na garganta,
nos arrancam lágrimas.
Doem no corpo,
dilaceram a alma.
Mas precisamos delas.
Se acertaremos ou erraremos,
um dia saberemos.
Um dia no futuro, quem sabe,
encontraremos as respostas.
Um dia no futuro, quem sabe,
nos sentaremos na varanda,
espalharemos as lembranças pelo chão,
daremos as mãos,
e só sorrisos nos restarão.

Angela Pradella
08 de julho de 2016

sábado, 11 de junho de 2016

Erro de Comunicação

Existem tantos acertar sem querer, ou errar querendo acertar.
Tantas palavras mal interpretadas, mal ditas, não ditas, mal encaradas.
Infinitos laços desfeitos por mal entendidos, ou entendimentos errados. 
Mágoas guardadas, enterradas, sem sequer serem questionadas. 
Mal entendidos, meio entendidos, meio confusos. 
Palavras jogadas que poderiam ser evitadas, outras guardadas que deveriam estar escancaradas. 
Machucados causados sem intenção. 
Pode ser que tudo isso seja mesmo falta de comunicação.
É impossível saber exatamente o que o outro sente ou pensa. 
Importante é falar, desenhar, exemplificar. 
Saber que independente de erro ou confusão, existe sempre a redenção. 

Angela Pradella
12 de junho de 2016


Na verdade, EU.

Nós criamos nossas próprias armadilhas.
Impomos regras a nós mesmos.
Construímos paredes em torno de nossas vidas, nossos sentimentos.
Nos escondemos, ignoramos o que sentimos.
Escolhemos não lidar. Deixamos de nos importar.
Mas a verdade é que mentimos.
Mentimos para nós mesmos, E acreditamos na nossa própria mentira.
Acreditamos ao ponto de guardarmos esses sentimentos, desejos, vontades, palavras ditas e não ditas, saudades, amores, bobagens, em algum lugar e esquece-los lá.
Mas o problemas é que eles não deixam de existir simplesmente, continuam lá, em algum lugar, e eles vão apodrecendo e nos adoecendo,
E quando isso se agrava em nós, não nos lembramos mais o que está causando essa desordem.
Fugimos de nós mesmos, nos escondemos, e acabamos nos perdendo. Criando uma espiral infinita, que na verdade, poderia ser facilmente resolvida.
Viver tem suas infinitas barreiras, degraus, tropeços. Não é fácil, assim como não é fácil. amar, sentir, se descobrir.
E nós precisamos tentar lidar e parar de ignorar.
Admitir os erros, os fracassos, os amores, os amores frustados, as tristezas, as derrotas, os tombos, as fraquezas. Admitir os sorrisos, as bobagens, as loucuras, as alegrias, as paixões, os acertos, as inquietações, as lágrimas. Admitir e conhecer nossos pequenos detalhes, Admitir e saber quem somos.
Admitir para nós mesmos, única e exclusivamente para nós mesmos, nós, donos de nossas ações e atitudes, responsáveis por nós mesmos.
Precisamos conhecer nossos pormenores, nos apropriarmos de nós mesmos, passarmos a ser nossos protagonistas.
Admitir que temos falhas, que choramos, que odiamos, que somos egoístas, mesquinhos, dramáticos, mimados. Somos humanos, imperfeitos, errantes.
Chorar é preciso, mudar é preciso, sentir é preciso.

Angela Pradella
09 de junho de 2016

Um degradé infinito

O preto e o branco, oposição, contradição.
Equilíbrio, proporção, contraste, contraponto.
Tantas escalas de cores entre os dois extremos.
O certo e o errado, verdade, mentira.
Realidade, ilusão, exatidão, invenção.
Tantos pontos de vista entre os dois extremos.
Inúmeras palavras, atitudes, diversas interpretações.
Por todos os lados, milhares de dedos apontados.
Extremos são perigosos, traiçoeiros.
Julgamentos são incertos.
Por onde começar, onde terminar?
Por que tanta necessidade de julgar?

Angela Pradella
06 de junho de 2016

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Um sentir

Queria eu poder explicar o inexplicável.
Nasce belo dentro do peito, cresce, floresce, se expande.
Livre, leve, solto.
Deixa o corpo em frenesi.
Cresce aos poucos, ocupa cada milimetro do ser.
Faz cócegas, provoca sorrisos.
Aquece o coração, desperta os instintos.
Causa insanos arrepios.
Acelera o batimento, a pulsação.
O sangue ferve, corre pelas veias.
Os músculos se contraem, tremem.
O tempo para, o mundo some.
Torna-se possível sentir cada parte da pele.
Transcende, afaga alma.
O corpo torna-se leve, flutua.
Voa, se perde, brinca no espaço.
Sentimento bobo, gostoso.
Sem explicação.

Angela Pradella
31 de maio de 2016


sábado, 28 de maio de 2016

DesAmarras

Descabelada sim, louca, desvairada.
As vezes um tanto quanta relapsa.
Exagerada, de vez em quando, quem sabe?
Ando por ai com roupas amarrotadas, all star surrado,
camisetas largas, jeans desbotado.
Quem diz o que é estar arrumado?
Gosto do que é confortável.
Meus cabelos brincam ao vento,
deixo-os soltos, libertos, tão livres quanto a alma.
Vaidosa sim, do meu jeito.
As vezes brinco de me maquilar,
um lápis aqui, um batom ali, salto alto, vestido.
Outras vezes ouso um pouco mais,
batom vermelho, sinta liga, decote, por que não?
Sou o que quero, quando quero.
Descabelada, desvairada, louca.
Arrumada, santa, insana.
Sua opinião não muda a minha visão.
Me deixe fora dos seus rótulos.
Aponte o seu dedo para o outro lado.
Se livre dessas amarras.

Angela Pradella
16 de maio de 2016

sábado, 9 de abril de 2016

Me abraça. Só um pouco.

As vezes por mais que ela não diga, tudo que ela queria é um abraço apertado.
Aquele que protege, que faz esquecer o mundo.
As vezes tudo que precisa, é um carinho, um olhar compreensivo.
Daqueles silenciosos, que não pedem explicação.
As vezes só falta um chamego, um colo.
Daqueles que deixam as lágrimas caírem sem questionar.
É difícil ser forte todo o tempo.
As vezes essa tristeza, sem explicação.
Bate na porta, e ali fica, por horas, por dias.
As vezes, pois então, tudo que ela precisa, é de conforto, abraço, refúgio.
Tipo hoje.
Tipo agora.
Me abraça.
Só um pouco.

Angela Pradella
09 de abril de 2016


domingo, 27 de março de 2016

Somente palavras jogadas.

Eu nunca fui a pessoa mais sensata do mundo. Na verdade eu tenho muitos defeitos. Todos somos feitos de erros e acertos. Todos temos um lado bom e um lado ruim.
Seria estranho esperar que alguém seja completamente são ou completamente bom, ou ainda que não tenha nenhum defeito.
Sou um ser todo quebrado, remendado, reconstruído. Sou a consequência de escolhas que me trouxeram até aqui. Escolhas que me fizeram crescer. Escolhas que nem sempre foram o melhor que poderiam ser. Nem me atrevo a dar-lhes o nome de certas ou erradas. Odeio julgamentos, não sou ninguém para julgar. Nem a mim mesma quanto mais aos outros.
Aprecio a gentileza, aprecio a sutileza, a leveza, a sinceridade. Mas isso não quer dizer que eu não exista grosseira, pesada e ríspida as vezes.
Acreditar em tudo que se vê, acredito ser perigoso, sou cética, não acredito em muita coisa, mas em contrapartida, não descarto a possibilidade das coisas serem verdade.
As coisas em que acredito podem e com certeza vão ser diferentes do que as outras pessoas acreditam. Por isso respeito, respeito sim, até o ponto em que a sua opinião não agredir ninguém.
Sou assim, controvérsia, insegurança, medo, determinação.
Sou silêncio ao mesmo tempo que meu corpo grita.
Sou um discurso que se contradiz a todo tempo.
Sou assim, cheia de defeitos.
Sou ser humano.

Angela Pradella
27 de março de 2016

Das incertezas de sempre.

Um ser abstrato, cansado.
O que é certo? O que é errado?
Segundo quem?
Quantos dedos apontados.
Quantas verdades absolutas.
Quem afinal é o correto?
O que importa?
Importa ser.
Ser o que realmente se é.
Ouvir a si mesmo.
Você está mentindo para quem?
Quais são suas razões?
O que te move?
Viva sua verdade.

 Angela Pradella
27 de março de 2016

Interrogação

Um sorriso assim,
seguido de um suspiro,
profundo e meloso.
Cabeça confusa,
saudade, indecisão?
Pensamentos soltos,
incertos, inacabados.
Procura-se o norte,
em uma bússola sem direção.
Onde foi parar a razão?
Perdeu pro coração.

Angela Pradella
25 de março de 2016

sábado, 12 de março de 2016

Transborde sim.

Cansei.
De ser quem não sou.
Quero me jogar no mundo,
não importa o que for.
Quero experimentar,
conhecer cada canto, cada espaço,
apreciar cada momento, cada detalhe.
Explorar cada parte do meu ser,
percorrer cada canto de mim,
meus lados bons e ruins.
Submergir no mar obscuro da minha alma.
Voltar e poder respirar, sozinha.
Quero ser eu mesma,
independente de opiniões.
Transgredir as regras,
quebrar os padrões.
Transcender o tempo,
o pensamento, o corpo.
Quero o impossível.

Angela Pradella
12 de março de 2016

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Nossas peças.

Ninguém conhece sua história,
ninguém trilhou os seus caminhos.
Não há alguém isento de culpa.
Somos todos errantes,
andantes, visitantes.
Visitantes de terras desconhecidas,
de sentimentos incertos,
dúvidas frequentes,
um emaranhado de confusões.
Aprendemos errando,
tentando, de novo e de novo.
Observadores, questionadores,
pesquisadores, perguntadores.
Somos iguais na diferença,
somos diferentes na igualdade.
Buscamos sempre liberdade,
uma liberdade abstrata,
com tantos significados e traduções.
Cada um sente de um jeito,
cada um entende de um jeito.
Milhares de respostas,
perguntas imensuráveis.
Somos um tanto mesquinhos,
procurando um caminho.
Somos um eterno quebra-cabeças,
construção, destruição, reconstrução,
contante transformação.

Angela Pradella
20 de fevereiro de 2016

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

As vezes...

Mas é que as vezes faz falta.
Ficar deitado ao lado,
perdida entre os braços, abraçados.
Sentir o calor do corpo contra o seu,
caminhar por suas curvas,
sua face, seu sorriso.
o toque, sob sua pele suave,
sentir seu cheiro.
Estar ali apenas.
Esquecer o mundo.
Criar um outro mundo.
Dormir, acordar e perceber que ainda está ali,
sorrir, abraçar e fechar os olhos.
Faz faltas as vezes ter alguém.
Saber que não está sozinho.

Angela Pradella
09 de fevereiro de 2016

Céu abstrato. Seu abstrato.

As vezes eu passo horas olhando para o céu.
Pensando, procurando.
Lembranças surgem, o coração se embriaga, 
o sorriso brota na face. 
Memórias bonitas, coloridas, ternas. 
Uma sensação suave invade a alma,
leva os males, deixa harmonia. 
Abstrato, intangível.
Sentimento singular. 

Angela Pradella
07 de fevereiro de 2016

domingo, 7 de fevereiro de 2016

Nuances do ser.


Todo mundo tem esse lado obscuro.
Uns bem guardados, outros nem tanto.
Eu tenho esse lado.
E quanto lados mais eu devo ter.
Esse lado que gosta de brincar com o fogo.
Imperfeito, louco, aventureiro.
Insano que me tenta. Me provoca, me ínsita.
Insiste que eu cometa absurdas loucuras.
Pede pra ignorar o mundo, chutar tudo,
transgredir as regras, viver no meu mundo.
Fazer o que eu quero e do meu jeito.
Ignorar o drama alheio e me comprazer nos meus delírios.
Lado pervertido, perverso, malicioso,
aparece quando menos se espera.
Invade, enlouquece, alucina.
Um dia eu o liberto.
Um dia eu enlouqueço.

Angela Pradella
07 de fevereiro de 2016

domingo, 24 de janeiro de 2016

A parte difícil


É fácil falar, ou tentar ser forte.
Mas a a saudade as vezes te abraça. 
Te abraça tão forte e apertado que dói. 
Doce escorre pelos olhos. 
Sal, saudade acerta o coração... 
Saudade por um lado é algo bom. 
É o carinho, a lembrança, o amor que ficou.
É o pedaço do outro que nosso corpo absorveu. 
Mas as vezes vem urgente. 
O corpo chama, grita, 
Quer a qualquer custo. 
Abraçar, tocar...
O cheiro o beijo. o olhar. 
Eu sei, faz parte da vida. 
É só que é fácil falar, ou tentar ser forte.
Mas a verdade é que as vezes a realidade é outra.
As vezes torna-se insuportável.  
Ahh essa saudade. 

Angela Pradella
24 de janeiro de 2016

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Passageiro

O tempo é liquido meu bem.
Escorre e se esvai tão rápido que nem se consegue ver.
Aquilo pelo que tanto se anseia logo chegará, e tão rápido passará.
Pra que se afobar, se preocupar?
Perda de tempo que já passou e não voltará.
Aproveite cada minuto,
Contemple cada momento.
Sinta o tempo, sinta-o passar, faça-o parar.
Acompanhe-o, torne-se liquido.
Desvende a sua relatividade.
Seja o seu próprio tempo.

Angela Pradella
21 de janeiro de 2016

domingo, 17 de janeiro de 2016

Bobagens infinitas

Eu tenho me distraído.
As palavras tem fluído.
Eu vivo a escrever e guardar.
Escrever e apagar.
Na minha cabeça é tudo tão mais simples.
É leve e tranquilo.
Tudo sorriso.

Angela Pradella
17 de janeiro de 2016

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Simplesmente....


A verdade é que ninguém conhece ninguém, nós não conhecemos nem a nós mesmo.
Todos mentimos, todos erramos, todos magoamos alguém algum dia.
Ninguém é perfeito, ninguém é de ferro.
Existem pessoas boas e existem pessoas ruins, mas como vamos saber?
Eu sei que existem pessoas que agem de má fé. Mas isso é problema delas.
Eu odeio injustiças é claro, e não me calarei diante delas.
Mas vou lutar sendo quem sou, agindo pelo bem, da maneira certa, sem machucar ninguém.
Ou tentar, porque eu também não chego nem perto da perfeição, e erro. Erro muito, como erro.
Eu não quero me proteger também. Eu sei que posso um dia me machucar.
Eu sei que pode acontecer, mas eu não vou me armar.
Eu não vou atacar, eu não vou viver na defensiva.
Eu quero seguir meus caminhos, acreditando no que acredito.
Sendo quem sou, amando livremente, ajudando as pessoas, me ajudando.
Pode ser que um dia alguém se aproveite? Pode ser... Mas isso é problema de quem o fizer.
Posso sair prejudicada, mas minha alma estará intacta, estará em paz.
Pois eu estarei em paz comigo mesma.
Eu escuto muito, escuto o mundo, observo todo e cada movimento.
Mas não acredito em tudo que escuto, em tudo que vejo.
Não acredito e nem desacredito.
Prefiro deixar as questões abertas em minha mente.
Com o passar do tempo elas se mostram, sem precisar forçar.
Acredito no que sinto, as vezes me engano, muitas vezes na verdade.
Ou sinto certo e não acredito no que sinto. E erro.
E levanto e começo novamente. Tudo do zero.
Mas a questão é... Eu prefiro acreditar no lado bom.
Das pessoas e das coisas. Mesmo que isso faça de mim uma tola.
Uma ingenua. E eu não vou mudar.
Não vou construir um muro.
Continuarei assim.
Sendo boba.
Sonhadora.

Angela Pradella
15 de janeiro de 2016

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Um dia

No dia em que eu sumir,
vou sumir completamente.
Vou sair por ai,
andar sem destino,
sentir o mundo,
experimentar, tocar,
cheirar, amar.
No dia em que eu sumir,
talvez eu avise,
ou talvez eu simplesmente vá,
não se preocupe.
No dia em que eu sumir,
não me procure,
eu voltarei,
mais cedo ou mais tarde,
eu sempre voltarei.
Não sei quando vai ser,
mas posso dizer,
que em breve eu irei.

Angela Pradella
12 de janeiro de 2016

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Reset

Eu tenho minhas definições próprias sobre viver, tenho meus conceitos e a minha visão peculiar. Simplista, leve, ao meu ver é claro. Só que as vezes eu me esqueço que as pessoas não pensam da mesma forma, que elas não veem com os meu olhos e isso acaba machucando um ou outro.
É um tanto solitário ter um tipo de pensamento que não é comum. Tentar fazer o certo para o resto das pessoas enquanto o seu interior pede outras coisas. As vezes dói um pouco, mas passa, assim como tudo na vida.
As vezes essa liberdade interior torna-se a própria prisão. E torna-se cansativo tentar fugir de tudo isso, achar um escape. Você corre para um lado e para o outro, e nunca tem uma saída.
E eu me pergunto o que é certo e o que é errado dentro de tudo isso. Eu, é claro, não consigo achar uma resposta, certo e errado é uma questão abstrata ao meu ver, algo definido por pessoas. Pessoas com falhas, que não aceitam diferenças de pensamentos, de comportamento, prontas para atacar algo que sai do padrão.
Então eu, na maioria das vezes prefiro permanecer em silêncio, no meu mundo particular. Pois sair muitas vezes me coloca em xeque, me coloca em erro, em contraste, em diversas controvérsias. O chamativo pra mim é perigoso aos olhos de outros.
Eu retorno ao meu silêncio novamente.
Só silêncio.....

Angela Pradella
11 de janeiro de 2016

domingo, 10 de janeiro de 2016

Estrada

A velocidade das rodas desacelera seus pensamentos.
Hora claros, hora nublados.
Vem e vão, passam desapercebidos.
Sua alma flui pelos olhos que passeiam pelas paisagens,
inquietos, olham para tudo,
absorvem toda cor, todo movimento,
toda forma e cada detalhe.
Flui pelas mãos, que escapam pelas janelas,
brincam com o vento, movimentam-se,
acarinham as corretes de ar,
fazem ondas invisíveis, dançam,
tentam pegar o inexistente.
O vento beija o seu rosto, bagunça os cabelos,
leva suas tristezas, torna-a leve.
Sua mente devaneia,
lugares conhecidos, desconhecidos,
inabitáveis, escuros, claros,
escondidos, lugares nunca antes vistos.
Estrada para algum lugar,
algum lugar dentro de mente.

Angela Pradella
10 de janeiro de 2016