liberté

liberté

domingo, 11 de setembro de 2016

Desconhecida.

Talvez um dia, seus olhos se cruzem, e curiosos, permaneçam ali.
Por dois minutos, dois minutos de eternidade, que desaparecem com o mundo, talvez, eles brilhem, encantados, desorientados. 
Talvez seus dedos se encontrem, e passeiem por suas linhas aveludadas, por cada curva, cada milimetro, como uma escultura sendo moldada. 
E então, talvez seus corpos enlouqueçam, se percam, se achem entre si. 
Seus lábios discretos, procurando refúgio, se abriguem nos seus beijos, contra a pele, suave, quente, doce, urgente. 
Talvez explorem lugares desconhecidos, incríveis, embebidos de amor,  experimentando sensações inexplicáveis.
Talvez um dia, doce desconhecida, suas mentes, insanas, se entrelacem, se percam, se achem.
Talvez um dia encontrem o êxtase do amor.  
E descubram o que é isso, de que tanto falam por ai,
Talvez um dia.  

Angela Pradella
12 de setembro de 2016


Nenhum comentário:

Postar um comentário