Por dois minutos, dois minutos de eternidade, que desaparecem com o mundo, talvez, eles brilhem, encantados, desorientados.
Talvez seus dedos se encontrem, e passeiem por suas linhas aveludadas, por cada curva, cada milimetro, como uma escultura sendo moldada.
E então, talvez seus corpos enlouqueçam, se percam, se achem entre si.
Seus lábios discretos, procurando refúgio, se abriguem nos seus beijos, contra a pele, suave, quente, doce, urgente.
Talvez explorem lugares desconhecidos, incríveis, embebidos de amor, experimentando sensações inexplicáveis.
Talvez um dia, doce desconhecida, suas mentes, insanas, se entrelacem, se percam, se achem.
Talvez um dia encontrem o êxtase do amor.
E descubram o que é isso, de que tanto falam por ai,
Talvez um dia.
Angela Pradella
12 de setembro de 2016
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