liberté

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domingo, 9 de dezembro de 2018

Bobagem

Coração ė um negócio devéras bobo.
Te leva a loucura.
Qualquer coisinha e pronto,
já fica batendo igual um louco.
Qualquer coisinha e pronto,
já provoca uns sorrisos bestas.
Faz as palavras sumirem, faz você derreter.
As vezes dói de saudade,
se contrai, faz suspirar.
Dá trabalho coração.
Coração é um negócio devéras bobo.
Angela Pradella
10 de novembro de 2018

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Os agostos e seus gostos.

É engraçado, estranho e ao mesmo tempo bonito, como uma lembrança pode ser tão vívida a ponto de trazer de volta a mesma sensação, a mesma vontade de sorrir, o mesmo sentimento, uma saudade tão viva que te faz lacrimejar.
Desses agostos que deixei passar e a tempos não me lembrava, hoje tive que lembrar. Relembrei um momento, cada segundo, cada detalhe, a sensação, os sentimentos. As lágrimas subiram aos olhos, um nó na garganta, talvez de tristeza por provocar tanta saudade, o coração se aqueceu, deu vontade de tirar essa criatura de lá e abraçar, deu vontade de voltar àquele momento, deu vontade de fazer tudo de novo, cada coisa, cada erro, cada detalhe!
Daquela noite, sentada em um banco, na beira da praia, daquela noite de tanto tempo atrás, tantos anos passados, vendo as luzes da cidade do outro lado, conversando sobre a vida, o tempo, loucuras, bobagens. Naquele momento, de repente risca o céu uma estrela cadente, que na verdade era um avião, e provocou tantos risos, que agora me faz sorrir um sorriso tão doce, lembrar daquele seu sorriso.
Daquela noite que sentamos e olhamos mais que somente o mar e as luzes, olhamos nos olhos, vimos nossas almas, compartilhamos o mais íntimo de nós, nos abraçamos e sentimos que nada mais importava.
Daquela noite que te olhei com tanto amor, e naquele momento, você estava ali para mim, somente parar mim, e nada, nem ninguém podia desfazer aquele momento, somente aquele momento. Naquele noite que se eternizou e virou uma lembrança boa que aquece meu coração.
Naquele agosto quente, naquela praia Cacupé. 

Angela Pradella
07 de novembro de 2018.

domingo, 29 de abril de 2018

Círculos e mais Círculos

Correndo....
Correndo contra o tempo,
contra o vento,
contra o vazio.
Correndo em um labirinto sem saída.
Dando milhares de voltas em torno do nada.
Procurando pelo invisível.
Gritando para uma abismo sem fundo.
Olhando para o infinito em busca de que?
Afogando nas próprias lágrimas,
Sufocando com as palavras enroscadas na garganta.
Perdendo o chão e a razão.
Imersa em pensamentos, dúvidas, incertezas.
Destruída em suas convicções.
Palavras que lhe cortam o coração.
O que fazer e para que?

29 de abril de 2018
Angela Pradella

domingo, 8 de abril de 2018

Mais sem sentido ainda....

Abrir mão, abrir a mão deveria ser algo simples não é?
Abdicar, ceder...
Então vem aqueles suspiros...
Sim, eu sei, o amor é essa coisa que não prende...
Mas em contrapartida tem esse aperto, de deixar ir...
Esse egoismo de querer que fique,
de querer estar ao lado.
De não querer deixar partir...
Mas bonito mesmo é quando de fato se deixa o outro livre,
e vê-lo voltar, sorrir, estar ali.
E não é somente sobre relações amorosas...
É difícil deixar qualquer um ir...
Mas a liberdade é uma coisa tão linda..
Pode ser que a controvérsia venha de um momento de aprendizagem..
De quem está aprendendo,
que a felicidade autentica, vem do ser livre,
do estar ali sem ser obrigado,
de regar as flores e deixar que venham as borboletas,
de abrir a janela e olhar os pássaros em seu voo incansável, 
de deixar as flores desabrocharem sem precisar arrancá-las..
Como é difícil ter dois pensamentos tão difusos ao mesmo tempo.
Como é estranho estar em devaneios..
Talvez eu tenha me perdido na bagunça do meu interior.
Talvez eu nunca mais volte...

09 de abril de 2018.
Angela Pradella
 

sábado, 24 de março de 2018

Sem razão, sem

Agora,
as coisas andam sem sentido, sem direção.
Os pensamentos estão soltos, loucos.
Penso em dias, em horas, em lugares.
Vejo as lembranças,passam apressadas na mente.
Quartos cheio de segredos.
Os passos em frente a um espelho.
Cartas rasgadas, deixadas, amassadas.
Uma janela fechada, um pássaro que deixei partir.
Pés na areia, coração no mar. Tranquilidade. 
Alguns sorrisos, outras lágrimas.
Acertos e erros, passagens secretas.
Um cappuccino deixado pela metade.
Chocolate meio amargo.
Sentidos sendo sentidos.
Sentidos sem sentidos.
Sem razão,
sem ódio,
sem...

Angela Pradella
24 de março de 2018

Um vazio

Pensamentos soltos.
Indo e vindo, escapam das mãos.
Flutuando em um vazio extenso.
Vazio inundado de falta de silêncio. 
Palavras cruzadas, emaranhadas. 
Imagens tortas, embaçadas.
Memórias amassadas.
Cabeça bagunçada.
Sorrisos, lágrimas, rendição. 
Caminhos sem fim, sem rota, sem norte.
Passos lentos, sem vontade.
Sentimentos controversos. 
Um vazio

Angela Pradella
24 de março de 2018.