A maioria de nós quando cresce esquece como é leve ser criança.
Esquecemos a simplicidade, a inocência, deixamos pra lá o faz de conta, deixamos de acreditar em magia, esquecemos o quanto podemos ser felizes com pouco.
É incrível a capacidade de uma criança de transformar blocos em inimagináveis objetos, massinha em criaturas místicas e extraordinárias, transformar um pedaço de madeira no que ela quiser e criar incríveis histórias e vivencia-las dentro de um momento que parece que nunca mais vai acabar.
Sentar ao lado de uma criança e ouvi-la, conversar com ela, entrar no seu universo é a coisa mais encantadora que alguém pode fazer. É indescritível a sensação de ver o sorriso de uma criança quando você entra no mundo delas, faz parte da brincadeira, quando você se permite usar a imaginação, quando você come a comidinha que ela inventou com tanto carinho e te ofereceu e quando você continua a história com ela, quando você entra no foguete que vai pra lua, ou quando você se torna uma princesa em um reino com uma linda floresta encantada.
Crianças são criaturas adoráveis quando nós nos permitimos conhece-las, mas infelizmente nós nos esquecemos que um dia também fomos crianças e perdemos um pouco dessa alegria de viver, dessa intensidade de aproveitar cada segundo, perguntar, descobrir novos cheiros, novos sabores, perdemos a vontade de experimentar as texturas, as aventuras, de ver desenhos nas nuvens, de olhar para o céu.
Deveríamos deixar a criança que existe em nós florescer, andar livre por ai. Falta em nós essa vontade de experimentar, brincar, sorrir sem motivo, inventar uma história, deliciar os detalhes da vida.
Falta em nós um pouco de bobagem, traquinagem, aprendizagem.
Falta um pouco ser criança.
Angela Pradella
21 de janeiro de 2017
Para saberes se manténs um sadio ser criança, sente quanto uma música impende-te à dança.
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