liberté

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segunda-feira, 30 de maio de 2016

Um sentir

Queria eu poder explicar o inexplicável.
Nasce belo dentro do peito, cresce, floresce, se expande.
Livre, leve, solto.
Deixa o corpo em frenesi.
Cresce aos poucos, ocupa cada milimetro do ser.
Faz cócegas, provoca sorrisos.
Aquece o coração, desperta os instintos.
Causa insanos arrepios.
Acelera o batimento, a pulsação.
O sangue ferve, corre pelas veias.
Os músculos se contraem, tremem.
O tempo para, o mundo some.
Torna-se possível sentir cada parte da pele.
Transcende, afaga alma.
O corpo torna-se leve, flutua.
Voa, se perde, brinca no espaço.
Sentimento bobo, gostoso.
Sem explicação.

Angela Pradella
31 de maio de 2016


sábado, 28 de maio de 2016

DesAmarras

Descabelada sim, louca, desvairada.
As vezes um tanto quanta relapsa.
Exagerada, de vez em quando, quem sabe?
Ando por ai com roupas amarrotadas, all star surrado,
camisetas largas, jeans desbotado.
Quem diz o que é estar arrumado?
Gosto do que é confortável.
Meus cabelos brincam ao vento,
deixo-os soltos, libertos, tão livres quanto a alma.
Vaidosa sim, do meu jeito.
As vezes brinco de me maquilar,
um lápis aqui, um batom ali, salto alto, vestido.
Outras vezes ouso um pouco mais,
batom vermelho, sinta liga, decote, por que não?
Sou o que quero, quando quero.
Descabelada, desvairada, louca.
Arrumada, santa, insana.
Sua opinião não muda a minha visão.
Me deixe fora dos seus rótulos.
Aponte o seu dedo para o outro lado.
Se livre dessas amarras.

Angela Pradella
16 de maio de 2016