liberté

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domingo, 27 de março de 2016

Somente palavras jogadas.

Eu nunca fui a pessoa mais sensata do mundo. Na verdade eu tenho muitos defeitos. Todos somos feitos de erros e acertos. Todos temos um lado bom e um lado ruim.
Seria estranho esperar que alguém seja completamente são ou completamente bom, ou ainda que não tenha nenhum defeito.
Sou um ser todo quebrado, remendado, reconstruído. Sou a consequência de escolhas que me trouxeram até aqui. Escolhas que me fizeram crescer. Escolhas que nem sempre foram o melhor que poderiam ser. Nem me atrevo a dar-lhes o nome de certas ou erradas. Odeio julgamentos, não sou ninguém para julgar. Nem a mim mesma quanto mais aos outros.
Aprecio a gentileza, aprecio a sutileza, a leveza, a sinceridade. Mas isso não quer dizer que eu não exista grosseira, pesada e ríspida as vezes.
Acreditar em tudo que se vê, acredito ser perigoso, sou cética, não acredito em muita coisa, mas em contrapartida, não descarto a possibilidade das coisas serem verdade.
As coisas em que acredito podem e com certeza vão ser diferentes do que as outras pessoas acreditam. Por isso respeito, respeito sim, até o ponto em que a sua opinião não agredir ninguém.
Sou assim, controvérsia, insegurança, medo, determinação.
Sou silêncio ao mesmo tempo que meu corpo grita.
Sou um discurso que se contradiz a todo tempo.
Sou assim, cheia de defeitos.
Sou ser humano.

Angela Pradella
27 de março de 2016

Das incertezas de sempre.

Um ser abstrato, cansado.
O que é certo? O que é errado?
Segundo quem?
Quantos dedos apontados.
Quantas verdades absolutas.
Quem afinal é o correto?
O que importa?
Importa ser.
Ser o que realmente se é.
Ouvir a si mesmo.
Você está mentindo para quem?
Quais são suas razões?
O que te move?
Viva sua verdade.

 Angela Pradella
27 de março de 2016

Interrogação

Um sorriso assim,
seguido de um suspiro,
profundo e meloso.
Cabeça confusa,
saudade, indecisão?
Pensamentos soltos,
incertos, inacabados.
Procura-se o norte,
em uma bússola sem direção.
Onde foi parar a razão?
Perdeu pro coração.

Angela Pradella
25 de março de 2016

sábado, 12 de março de 2016

Transborde sim.

Cansei.
De ser quem não sou.
Quero me jogar no mundo,
não importa o que for.
Quero experimentar,
conhecer cada canto, cada espaço,
apreciar cada momento, cada detalhe.
Explorar cada parte do meu ser,
percorrer cada canto de mim,
meus lados bons e ruins.
Submergir no mar obscuro da minha alma.
Voltar e poder respirar, sozinha.
Quero ser eu mesma,
independente de opiniões.
Transgredir as regras,
quebrar os padrões.
Transcender o tempo,
o pensamento, o corpo.
Quero o impossível.

Angela Pradella
12 de março de 2016