liberté

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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Nossas peças.

Ninguém conhece sua história,
ninguém trilhou os seus caminhos.
Não há alguém isento de culpa.
Somos todos errantes,
andantes, visitantes.
Visitantes de terras desconhecidas,
de sentimentos incertos,
dúvidas frequentes,
um emaranhado de confusões.
Aprendemos errando,
tentando, de novo e de novo.
Observadores, questionadores,
pesquisadores, perguntadores.
Somos iguais na diferença,
somos diferentes na igualdade.
Buscamos sempre liberdade,
uma liberdade abstrata,
com tantos significados e traduções.
Cada um sente de um jeito,
cada um entende de um jeito.
Milhares de respostas,
perguntas imensuráveis.
Somos um tanto mesquinhos,
procurando um caminho.
Somos um eterno quebra-cabeças,
construção, destruição, reconstrução,
contante transformação.

Angela Pradella
20 de fevereiro de 2016

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

As vezes...

Mas é que as vezes faz falta.
Ficar deitado ao lado,
perdida entre os braços, abraçados.
Sentir o calor do corpo contra o seu,
caminhar por suas curvas,
sua face, seu sorriso.
o toque, sob sua pele suave,
sentir seu cheiro.
Estar ali apenas.
Esquecer o mundo.
Criar um outro mundo.
Dormir, acordar e perceber que ainda está ali,
sorrir, abraçar e fechar os olhos.
Faz faltas as vezes ter alguém.
Saber que não está sozinho.

Angela Pradella
09 de fevereiro de 2016

Céu abstrato. Seu abstrato.

As vezes eu passo horas olhando para o céu.
Pensando, procurando.
Lembranças surgem, o coração se embriaga, 
o sorriso brota na face. 
Memórias bonitas, coloridas, ternas. 
Uma sensação suave invade a alma,
leva os males, deixa harmonia. 
Abstrato, intangível.
Sentimento singular. 

Angela Pradella
07 de fevereiro de 2016

domingo, 7 de fevereiro de 2016

Nuances do ser.


Todo mundo tem esse lado obscuro.
Uns bem guardados, outros nem tanto.
Eu tenho esse lado.
E quanto lados mais eu devo ter.
Esse lado que gosta de brincar com o fogo.
Imperfeito, louco, aventureiro.
Insano que me tenta. Me provoca, me ínsita.
Insiste que eu cometa absurdas loucuras.
Pede pra ignorar o mundo, chutar tudo,
transgredir as regras, viver no meu mundo.
Fazer o que eu quero e do meu jeito.
Ignorar o drama alheio e me comprazer nos meus delírios.
Lado pervertido, perverso, malicioso,
aparece quando menos se espera.
Invade, enlouquece, alucina.
Um dia eu o liberto.
Um dia eu enlouqueço.

Angela Pradella
07 de fevereiro de 2016