liberté

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domingo, 24 de janeiro de 2016

A parte difícil


É fácil falar, ou tentar ser forte.
Mas a a saudade as vezes te abraça. 
Te abraça tão forte e apertado que dói. 
Doce escorre pelos olhos. 
Sal, saudade acerta o coração... 
Saudade por um lado é algo bom. 
É o carinho, a lembrança, o amor que ficou.
É o pedaço do outro que nosso corpo absorveu. 
Mas as vezes vem urgente. 
O corpo chama, grita, 
Quer a qualquer custo. 
Abraçar, tocar...
O cheiro o beijo. o olhar. 
Eu sei, faz parte da vida. 
É só que é fácil falar, ou tentar ser forte.
Mas a verdade é que as vezes a realidade é outra.
As vezes torna-se insuportável.  
Ahh essa saudade. 

Angela Pradella
24 de janeiro de 2016

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Passageiro

O tempo é liquido meu bem.
Escorre e se esvai tão rápido que nem se consegue ver.
Aquilo pelo que tanto se anseia logo chegará, e tão rápido passará.
Pra que se afobar, se preocupar?
Perda de tempo que já passou e não voltará.
Aproveite cada minuto,
Contemple cada momento.
Sinta o tempo, sinta-o passar, faça-o parar.
Acompanhe-o, torne-se liquido.
Desvende a sua relatividade.
Seja o seu próprio tempo.

Angela Pradella
21 de janeiro de 2016

domingo, 17 de janeiro de 2016

Bobagens infinitas

Eu tenho me distraído.
As palavras tem fluído.
Eu vivo a escrever e guardar.
Escrever e apagar.
Na minha cabeça é tudo tão mais simples.
É leve e tranquilo.
Tudo sorriso.

Angela Pradella
17 de janeiro de 2016

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Simplesmente....


A verdade é que ninguém conhece ninguém, nós não conhecemos nem a nós mesmo.
Todos mentimos, todos erramos, todos magoamos alguém algum dia.
Ninguém é perfeito, ninguém é de ferro.
Existem pessoas boas e existem pessoas ruins, mas como vamos saber?
Eu sei que existem pessoas que agem de má fé. Mas isso é problema delas.
Eu odeio injustiças é claro, e não me calarei diante delas.
Mas vou lutar sendo quem sou, agindo pelo bem, da maneira certa, sem machucar ninguém.
Ou tentar, porque eu também não chego nem perto da perfeição, e erro. Erro muito, como erro.
Eu não quero me proteger também. Eu sei que posso um dia me machucar.
Eu sei que pode acontecer, mas eu não vou me armar.
Eu não vou atacar, eu não vou viver na defensiva.
Eu quero seguir meus caminhos, acreditando no que acredito.
Sendo quem sou, amando livremente, ajudando as pessoas, me ajudando.
Pode ser que um dia alguém se aproveite? Pode ser... Mas isso é problema de quem o fizer.
Posso sair prejudicada, mas minha alma estará intacta, estará em paz.
Pois eu estarei em paz comigo mesma.
Eu escuto muito, escuto o mundo, observo todo e cada movimento.
Mas não acredito em tudo que escuto, em tudo que vejo.
Não acredito e nem desacredito.
Prefiro deixar as questões abertas em minha mente.
Com o passar do tempo elas se mostram, sem precisar forçar.
Acredito no que sinto, as vezes me engano, muitas vezes na verdade.
Ou sinto certo e não acredito no que sinto. E erro.
E levanto e começo novamente. Tudo do zero.
Mas a questão é... Eu prefiro acreditar no lado bom.
Das pessoas e das coisas. Mesmo que isso faça de mim uma tola.
Uma ingenua. E eu não vou mudar.
Não vou construir um muro.
Continuarei assim.
Sendo boba.
Sonhadora.

Angela Pradella
15 de janeiro de 2016

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Um dia

No dia em que eu sumir,
vou sumir completamente.
Vou sair por ai,
andar sem destino,
sentir o mundo,
experimentar, tocar,
cheirar, amar.
No dia em que eu sumir,
talvez eu avise,
ou talvez eu simplesmente vá,
não se preocupe.
No dia em que eu sumir,
não me procure,
eu voltarei,
mais cedo ou mais tarde,
eu sempre voltarei.
Não sei quando vai ser,
mas posso dizer,
que em breve eu irei.

Angela Pradella
12 de janeiro de 2016

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Reset

Eu tenho minhas definições próprias sobre viver, tenho meus conceitos e a minha visão peculiar. Simplista, leve, ao meu ver é claro. Só que as vezes eu me esqueço que as pessoas não pensam da mesma forma, que elas não veem com os meu olhos e isso acaba machucando um ou outro.
É um tanto solitário ter um tipo de pensamento que não é comum. Tentar fazer o certo para o resto das pessoas enquanto o seu interior pede outras coisas. As vezes dói um pouco, mas passa, assim como tudo na vida.
As vezes essa liberdade interior torna-se a própria prisão. E torna-se cansativo tentar fugir de tudo isso, achar um escape. Você corre para um lado e para o outro, e nunca tem uma saída.
E eu me pergunto o que é certo e o que é errado dentro de tudo isso. Eu, é claro, não consigo achar uma resposta, certo e errado é uma questão abstrata ao meu ver, algo definido por pessoas. Pessoas com falhas, que não aceitam diferenças de pensamentos, de comportamento, prontas para atacar algo que sai do padrão.
Então eu, na maioria das vezes prefiro permanecer em silêncio, no meu mundo particular. Pois sair muitas vezes me coloca em xeque, me coloca em erro, em contraste, em diversas controvérsias. O chamativo pra mim é perigoso aos olhos de outros.
Eu retorno ao meu silêncio novamente.
Só silêncio.....

Angela Pradella
11 de janeiro de 2016

domingo, 10 de janeiro de 2016

Estrada

A velocidade das rodas desacelera seus pensamentos.
Hora claros, hora nublados.
Vem e vão, passam desapercebidos.
Sua alma flui pelos olhos que passeiam pelas paisagens,
inquietos, olham para tudo,
absorvem toda cor, todo movimento,
toda forma e cada detalhe.
Flui pelas mãos, que escapam pelas janelas,
brincam com o vento, movimentam-se,
acarinham as corretes de ar,
fazem ondas invisíveis, dançam,
tentam pegar o inexistente.
O vento beija o seu rosto, bagunça os cabelos,
leva suas tristezas, torna-a leve.
Sua mente devaneia,
lugares conhecidos, desconhecidos,
inabitáveis, escuros, claros,
escondidos, lugares nunca antes vistos.
Estrada para algum lugar,
algum lugar dentro de mente.

Angela Pradella
10 de janeiro de 2016