Em meio a todo esse tumulto,
a toda essa ausência de lágrimas,
ainda é possível sorrir.
Aquele sorriso bobo,
que ficou marcado no peito,
transpassado nas veias,
guardado na alma.
Aquele que surge das entranhas do coração,
a lembrança que escorre pelos lábios.
Traz a sensação de leveza,
de um voo inesquecível.
E essa sensação ímpar,
as vezes se transforma,
se torna urgência, insanidade.
Torna-se sede,
sede daqueles lábios macios,
daqueles olhos me olhando,
vontade daquele toque,
estar naqueles braços,
entre aqueles abraços.
E vem um desejo louco,
de cometer um crime,
um sequestro, roubar-te,
nunca mais devolver-te.
matar-te de amor.
Mas logo vem a calma,
e entre essas confusões,
sobra um sorriso,
misturado ao riso.
Como são loucos esse sentimentos.
Como são diversos e inconstantes.
Será que sou louca?
Acho que devo ser.
Angela Pradella
13 de outubro de 2015
“A única viagem real de descobertas consiste não em procurar novas paisagens mas em ter novos olhos!" [Marcel Proust]
liberté
terça-feira, 13 de outubro de 2015
segunda-feira, 12 de outubro de 2015
Pesado
Essa vontade de chorar.
Mas lágrimas não vem.
Elas simplesmente enroscam ali e não descem.
Eu sei que preciso desabar.
Somente chorar, chorar e chorar.
Eu não preciso de palavras.
Eu não preciso de conselhos.
Preciso de afago.
Me desligar dessa realidade,
apenas um pouco,
só por alguns minutos.
Preciso de aconchego.
de um refúgio.
Abraço, silêncio.
Angela Pradella
12 de outubro de 2015
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