liberté

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sábado, 11 de junho de 2016

Erro de Comunicação

Existem tantos acertar sem querer, ou errar querendo acertar.
Tantas palavras mal interpretadas, mal ditas, não ditas, mal encaradas.
Infinitos laços desfeitos por mal entendidos, ou entendimentos errados. 
Mágoas guardadas, enterradas, sem sequer serem questionadas. 
Mal entendidos, meio entendidos, meio confusos. 
Palavras jogadas que poderiam ser evitadas, outras guardadas que deveriam estar escancaradas. 
Machucados causados sem intenção. 
Pode ser que tudo isso seja mesmo falta de comunicação.
É impossível saber exatamente o que o outro sente ou pensa. 
Importante é falar, desenhar, exemplificar. 
Saber que independente de erro ou confusão, existe sempre a redenção. 

Angela Pradella
12 de junho de 2016


Na verdade, EU.

Nós criamos nossas próprias armadilhas.
Impomos regras a nós mesmos.
Construímos paredes em torno de nossas vidas, nossos sentimentos.
Nos escondemos, ignoramos o que sentimos.
Escolhemos não lidar. Deixamos de nos importar.
Mas a verdade é que mentimos.
Mentimos para nós mesmos, E acreditamos na nossa própria mentira.
Acreditamos ao ponto de guardarmos esses sentimentos, desejos, vontades, palavras ditas e não ditas, saudades, amores, bobagens, em algum lugar e esquece-los lá.
Mas o problemas é que eles não deixam de existir simplesmente, continuam lá, em algum lugar, e eles vão apodrecendo e nos adoecendo,
E quando isso se agrava em nós, não nos lembramos mais o que está causando essa desordem.
Fugimos de nós mesmos, nos escondemos, e acabamos nos perdendo. Criando uma espiral infinita, que na verdade, poderia ser facilmente resolvida.
Viver tem suas infinitas barreiras, degraus, tropeços. Não é fácil, assim como não é fácil. amar, sentir, se descobrir.
E nós precisamos tentar lidar e parar de ignorar.
Admitir os erros, os fracassos, os amores, os amores frustados, as tristezas, as derrotas, os tombos, as fraquezas. Admitir os sorrisos, as bobagens, as loucuras, as alegrias, as paixões, os acertos, as inquietações, as lágrimas. Admitir e conhecer nossos pequenos detalhes, Admitir e saber quem somos.
Admitir para nós mesmos, única e exclusivamente para nós mesmos, nós, donos de nossas ações e atitudes, responsáveis por nós mesmos.
Precisamos conhecer nossos pormenores, nos apropriarmos de nós mesmos, passarmos a ser nossos protagonistas.
Admitir que temos falhas, que choramos, que odiamos, que somos egoístas, mesquinhos, dramáticos, mimados. Somos humanos, imperfeitos, errantes.
Chorar é preciso, mudar é preciso, sentir é preciso.

Angela Pradella
09 de junho de 2016

Um degradé infinito

O preto e o branco, oposição, contradição.
Equilíbrio, proporção, contraste, contraponto.
Tantas escalas de cores entre os dois extremos.
O certo e o errado, verdade, mentira.
Realidade, ilusão, exatidão, invenção.
Tantos pontos de vista entre os dois extremos.
Inúmeras palavras, atitudes, diversas interpretações.
Por todos os lados, milhares de dedos apontados.
Extremos são perigosos, traiçoeiros.
Julgamentos são incertos.
Por onde começar, onde terminar?
Por que tanta necessidade de julgar?

Angela Pradella
06 de junho de 2016